A missão da Igreja (2)
"O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre." (Lucas 6.40).
Caro leitor, dando continuidade ao artigo "A missão da Igreja (1)", baseado em Mateus 28.19 e 20, falaremos hoje sobre Discipular. No artigo anterior, falamos sobre Ir. Está lembrado? (Caso você não leu, clique aqui para ler) Vamos seguir então com o nosso estudo, digamos assim.
DISCIPULAR: "fazei discípulos de todas as nações" (v19b). O que é discípulo? Bem, este substantivo significa o que recebe disciplina ou instrução de outro; aluno. A pessoa que segue uma doutrina, ideias ou imita os exemplos de outrem é também discípulo. Não devemos, nunca, esquecer que o discípulo (aprendiz), sempre, está sob as ordens de seu Mestre (Mc 14.13,14). Já o verbo "discipular", embora não usual em nosso idioma, é fazer com que alguém se torne discípulo. Em termos bíblicos, significa levar pessoas a serem discípulos de Cristo. E como levar o ser humano a ser discípulo de Jesus? É sobre isso que vamos tratar neste artigo. Mas, antes, vale lembrar que "não é o discípulo mais do que o mestre... basta ao discípulo ser como seu mestre" (Mt 10.24,25).
O imperativo "fazei discípulos" denota a importância que se é dada à missão-tarefa [de discipular] da Igreja. Logo, é uma ordem do Senhor para nós, seus servos. É uma tarefa que jamais deve (ou, ao menos, não deveria) ser adiada ou omitida. Deus tem pressa, e cabe a mim e a você cumprirmos essa ordem, enquanto anunciamos a mensagem salvífica do Evangelho.
Bem, como levar alguém a ser discípulo do Senhor? Primeiro, devo dizer-lhe que para se fazer discípulos é preciso estar indo em busca das pessoas que estão vivendo sem Deus e sem salvação. Não há como levar uma pessoa a se tornar discípulo de Cristo, se não houver evangelização. O primeiro passo, portanto, é evangelizar, ou melhor, estar evangelizando os povos.
Em segundo lugar, é dever da Igreja ensinar as Escrituras Sagradas aos neófitos na fé (novos convertidos). Embora eu lamente que haja, atualmente, poucas igrejas que se dedicam em ensinar os novos irmãos que se associam à elas. Por outro lado, são muitas as igrejas que não possuem o que chamamos de "discipulado", "culto de discipulado" ou "culto com os novos convertidos". Em outras palavras, tais igrejas se preocupam tanto com o crescimento numérico (crescimento superficial) e esquecem do crescimento sólido, que só acontece mediante o ensino da Palavra. Me entristece ver igrejas que não dão o valor merecido ao discipulado!
De nada adianta as igrejas evangelizarem os pecadores, de forma correta, se não discipularem, ensinando-os as Escrituras. Seria a mesma coisa que pescar, com habilidade, mas deixar os peixes escaparem, novamente, para a água. Fazer discípulos implica em tirar as pessoas do mundo e mantê-las na Igreja, por meio ensinamento da Palavra de Deus. Veja o que disse o Mestre: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos" (Jo 8.31). Ele disse isto para os judeus que criam Nele. Perceba você que, fazer discípulos, é levá-los a permanecerem na Palavra; a estarem firmados Nela (Lc 6.47-49).
Quando as igrejas promovem cultos de discipulado, os novos crentes aprendem a não serem enganados por seitas heréticas que se aproveitam do despreparo de alguns novos convertidos e, "fazendo-lhes a cabeça", ensinam heresias de perdição. O mundo também fica de olho naquele que se converte ao Evangelho de Cristo, com a intenção de afastá-lo da Igreja. Por isso, o novo irmão carece de instrução bíblica e de apoio espiritual, por parte de homens e mulheres capacitados para tal obra-ação.
Os líderes eclesiásticos e/ou coordenadores de grupos de evangelismo/discipulado devem levar as "crianças espirituais" a se alimentarem do leite racional, não do falsificado (este é oferecido pelas seitas, em geral), como recomenda o apóstolo Pedro: "Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; se é que já provastes que o SENHOR é benigno" (1Pd 2.1-3 - negrito meu). O cristão só cresce espiritualmente se aprender sobre a Bíblia Sagrada. Caso contrário, tal cristão fica raquítico; não se desenvolve (espiritualmente falando). Por isso é importante discipular aqueles que, ao se entregarem para Cristo, vão se agregando às nossas comunidades evangélicas. Ah, sobre o crescimento, a Palavra de Deus diz: "Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém." (2Pd 3.18).
O crescimento (desenvolvimento) humano, se divide em, no mínimo, 3 fases, segundo alguns especialistas: infância (do nascimento aos 11 anos de idade); adolescência (dos 12 aos 20 anos de idade); e fase adulta (se inicia aos 21 anos). A mesma classificação se aplica à vida espiritual do cristão. Também é verdade que o crente que hoje é um "recém-nascido" na fé, amanhã será um adulto. Daí Paulo, o doutor dos gentios, ter ensinado sobre isso para os crentes de Corinto (1Co 13.11; 14.20). Aliás, nessa igreja (considerada, por Paulo, como carnal), muitos cristãos não se desenvolveram espiritualmente, como deveriam. Coube ao apóstolo orientá-los (1Co 3.1,2).
Discipular é formar crentes desejosos por aprender sobre as Escrituras. Mas para que haja discípulos é necessário existirem mestres. Enquanto uns evangelizam as almas, outros ensinam-nas. Assim ninguém fica parado nessa missão-tarefa da Igreja do Senhor. Não estou afirmando com isso que, quem tem o dom para ensinar (discipular), deva se esquivar da obra de evangelização. Não! Evangelizar é tarefa de todos os salvos em Jesus. Agora, é claro que nem todos possuem capacidade para ensinar as pessoas que vão se convertendo à fé. Um planta e o outro rega: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." (1Co 3.6-9).
Cristo ordenou aos Doze, e mais de quinhentos irmãos, que saíssem a anunciar o Evangelho, indo, discipulando, batizando e doutrinando. Assim começou a Igreja. E esta é um Corpo, dentro do qual cada membro executa a função que lhe cabe (Rm 12.5-8). Tudo dentro desse Corpo deve estar em unidade, além de visar o aperfeiçoamento da Obra do Senhor, conforme registrado em Efésios 4.11-16. Lembrando que, todos nós (pastores, evangelistas, presbíteros, mestres etc.), somos discípulos do Senhor Jesus. Ele é o Mestre, por excelência (Mt 23.8; Jo 13.14).
Não obstante existirem os verdadeiros mestres (professores) que expõem, com clareza, as verdades bíblicas, existem também os falsos mestres, sobre os quais Pedro faz referência em sua segunda carta: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores [mestres], que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição." (2Pd 2.1 - negrito e colchetes meus). Jesus também previu-nos, quanto aos enganadores (Mt 7.15; 24.4), que estão por aí, tentando desviar os discípulos de Cristo do Evangelho da Graça; do Caminho que leva para o céu. Por isso urge resgatarmos as vidas, que estão sofrendo nesse mundo, para os braços de Deus, enquanto estamos indo e discipulando (fazendo discípulos).
Finalizando, afirmo que, fazer discípulos, é tarefa da Igreja de Cristo. Lembrando que discípulo faz discípulo. E mais: fomos chamados para pregar as Boas-Novas, enquanto vamos ganhando vidas para o Reino de Deus e formando discípulos, ao ensiná-las. Não devemos, em hipótese alguma, cruzar os nossos braços diante de tão importante missão.
P.S.: Convém salientar que os doze apóstolos de Cristo eram discípulos também. Se não, vejamos: "E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome d.e apóstolos" (Lc 6.13). Como se deduz do texto bíblico ora mencionado, Jesus tinha inúmeros discípulos, e destes escolheu doze para serem apóstolos. Nem todo discípulo era apóstolo; porém todo apóstolo era discípulo. Digo isso porque há muitos que confundem essas duas expressões bíblicas. Apóstolo significa, literalmente, "alguém enviado sob ordem de outrem". Já discípulo tem o sentido de aprendiz, aluno
Quando as igrejas promovem cultos de discipulado, os novos crentes aprendem a não serem enganados por seitas heréticas que se aproveitam do despreparo de alguns novos convertidos e, "fazendo-lhes a cabeça", ensinam heresias de perdição. O mundo também fica de olho naquele que se converte ao Evangelho de Cristo, com a intenção de afastá-lo da Igreja. Por isso, o novo irmão carece de instrução bíblica e de apoio espiritual, por parte de homens e mulheres capacitados para tal obra-ação.
Os líderes eclesiásticos e/ou coordenadores de grupos de evangelismo/discipulado devem levar as "crianças espirituais" a se alimentarem do leite racional, não do falsificado (este é oferecido pelas seitas, em geral), como recomenda o apóstolo Pedro: "Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; se é que já provastes que o SENHOR é benigno" (1Pd 2.1-3 - negrito meu). O cristão só cresce espiritualmente se aprender sobre a Bíblia Sagrada. Caso contrário, tal cristão fica raquítico; não se desenvolve (espiritualmente falando). Por isso é importante discipular aqueles que, ao se entregarem para Cristo, vão se agregando às nossas comunidades evangélicas. Ah, sobre o crescimento, a Palavra de Deus diz: "Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém." (2Pd 3.18).
O crescimento (desenvolvimento) humano, se divide em, no mínimo, 3 fases, segundo alguns especialistas: infância (do nascimento aos 11 anos de idade); adolescência (dos 12 aos 20 anos de idade); e fase adulta (se inicia aos 21 anos). A mesma classificação se aplica à vida espiritual do cristão. Também é verdade que o crente que hoje é um "recém-nascido" na fé, amanhã será um adulto. Daí Paulo, o doutor dos gentios, ter ensinado sobre isso para os crentes de Corinto (1Co 13.11; 14.20). Aliás, nessa igreja (considerada, por Paulo, como carnal), muitos cristãos não se desenvolveram espiritualmente, como deveriam. Coube ao apóstolo orientá-los (1Co 3.1,2).
Discipular é formar crentes desejosos por aprender sobre as Escrituras. Mas para que haja discípulos é necessário existirem mestres. Enquanto uns evangelizam as almas, outros ensinam-nas. Assim ninguém fica parado nessa missão-tarefa da Igreja do Senhor. Não estou afirmando com isso que, quem tem o dom para ensinar (discipular), deva se esquivar da obra de evangelização. Não! Evangelizar é tarefa de todos os salvos em Jesus. Agora, é claro que nem todos possuem capacidade para ensinar as pessoas que vão se convertendo à fé. Um planta e o outro rega: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." (1Co 3.6-9).
Cristo ordenou aos Doze, e mais de quinhentos irmãos, que saíssem a anunciar o Evangelho, indo, discipulando, batizando e doutrinando. Assim começou a Igreja. E esta é um Corpo, dentro do qual cada membro executa a função que lhe cabe (Rm 12.5-8). Tudo dentro desse Corpo deve estar em unidade, além de visar o aperfeiçoamento da Obra do Senhor, conforme registrado em Efésios 4.11-16. Lembrando que, todos nós (pastores, evangelistas, presbíteros, mestres etc.), somos discípulos do Senhor Jesus. Ele é o Mestre, por excelência (Mt 23.8; Jo 13.14).
Não obstante existirem os verdadeiros mestres (professores) que expõem, com clareza, as verdades bíblicas, existem também os falsos mestres, sobre os quais Pedro faz referência em sua segunda carta: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores [mestres], que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição." (2Pd 2.1 - negrito e colchetes meus). Jesus também previu-nos, quanto aos enganadores (Mt 7.15; 24.4), que estão por aí, tentando desviar os discípulos de Cristo do Evangelho da Graça; do Caminho que leva para o céu. Por isso urge resgatarmos as vidas, que estão sofrendo nesse mundo, para os braços de Deus, enquanto estamos indo e discipulando (fazendo discípulos).
Finalizando, afirmo que, fazer discípulos, é tarefa da Igreja de Cristo. Lembrando que discípulo faz discípulo. E mais: fomos chamados para pregar as Boas-Novas, enquanto vamos ganhando vidas para o Reino de Deus e formando discípulos, ao ensiná-las. Não devemos, em hipótese alguma, cruzar os nossos braços diante de tão importante missão.
P.S.: Convém salientar que os doze apóstolos de Cristo eram discípulos também. Se não, vejamos: "E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome d.e apóstolos" (Lc 6.13). Como se deduz do texto bíblico ora mencionado, Jesus tinha inúmeros discípulos, e destes escolheu doze para serem apóstolos. Nem todo discípulo era apóstolo; porém todo apóstolo era discípulo. Digo isso porque há muitos que confundem essas duas expressões bíblicas. Apóstolo significa, literalmente, "alguém enviado sob ordem de outrem". Já discípulo tem o sentido de aprendiz, aluno
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